Estórias Reais
        Como autor peço que todas as pessoas do bem e da justiça avaliem e julguem, conforme seus entendimentos, se isto é um tipo de
plágio do Padre Marcelo Rossi.

No ano de 2001 publiquei a segunda edição de meu livro, O EREMITA URBANO, com 50 pequenos contos filosóficos e fábulas. Em 2004 o Pr Marcelo Rossi publicou o livro MOMENTO DE FÉ - As Melhores Histórias. Em 2008, eu descobri pela internet, que um conto com o título O HOMEM E A ÁGUA de minha autoria, virou uma peça de teatro na Agenda 21 na cidade de Embú, São Paulo. Isto me deixou muito feliz, em saber que meu trabalho alcançou espaços educacionais tão valorosos. Mas quando procurei o meu nome como fonte ou autoria, encontrei o nome do Pr Marcelo Rossi e o de seu livro. Isto me deixou intrigado e sem saber o que fazer a respeito, sobre o que é certo e errado, bem ou mau, justiça, ética... Passaram-se 2 anos, até que amigo vizinho me disse: Ronaldo se vc não lutar pela sua autoria, daqui a pouco assinam embaixo e assumem categoricamente. Foi quando lembrei que escrevi meus livros, para amigos e meus descendentes principalmente. Imaginei então um neto meu dizendo: Olha só, vovô disse que escreveu essa estória, mas é mentira, quem escreveu foi "fulano de tal". Essa visão me fez procurar um advogado que chegou a contactar um assessor do Padre, mas ficou sem resposta e depois saiu do caso. Agora procuro um especialista em autoria, também publico aqui nesse site.
Abaixo está a versão original de minha autoria e a que o Pr Marcelo Rossi colocou em seu livro.
O Homem e a Água
Padre Marcelo Rossi


O rei queria casar sua filha com um homem sábio.

Então ele fez um concurso em que o candidato tinha que dar uma grande demonstração de sabedoria. Aos candidatos, porém, foi dito que somente venceria oconcurso, aquele que levasse à princesa um presente que refletisse um desejo do próprio candidato.

Foi dito também que o escolhido teria o seu desejo realizado pelo próprio rei.

Os fidalgos se prepararam, pois a bela princesa era muito cortejada. No dia da festa realizada para a ocasião, lá estavam muitos presentes e entre eles alguns muito cobiçados. De todos, três chamaram mais a atenção do rei:
O primeiro levou um pote de ouro e disse que o seu desejo era ter 10 vezes o peso da princesa em ouro.
O rei então perguntou o porquê daquele desejo.

— Este é para que não falte riqueza para sua filha, majestade respondeu o pretendente.

O segundo levou o mapa de suas terras e disse queseu desejo era ter todo o reino em suas mãos. E o rei perguntou-lhe o porquê do desejo.Ele responde:

— Quero ter todas as terras para dar muitos poderes à princesa, majestade.

O terceiro entrou com um lindo e grande jarro bordado com fios de ouro, porém só continha água. E todos riram. Ele disse que o seu desejo era ser igual à água. O rei não entendeu, mas perguntou o motivo do desejo, e o jovem continuou:

— Majestade, a água pode ser sólida, líquida, gasosa e se adapta a qualquer superfície. Tem o maior poder de flexibilidade. Assim terei a condição ideal para me adaptar a qualquer circunstância que a vida exigir. Poderei assim, atender aos desejos da princesa; no inverno, tomarei posse de todas as terras como o gelo do continente, teremos então muito poder; na primavera, serei líquido para garimpar nos córregos e rios as pepitas de ouro que guardam seus leitos, teremos então muita riqueza; no verão, serei as nuvens que regarão as plantações, para alimentar os rebanhos e o nosso povo, assim não faltará alimento no reino.
Todos ficaram em silêncio quando o rei perguntou:

— E no outono?

— No outono promoverei festas ao meu povo, mostrando-lhes, com minha presença constante, que faço parte de suas vidas. E como a água, presente em todos os lugares e corpos. Desta forma, teremos o reinado de maior comunhão com o povo e por isso, o mais próspero.

- Mas esse desejo eu não posso lhe conceder.

— Isto não é preciso meu rei, basta me conceder o que puder e desejar, que eu deverei me adaptar. Todos então, parabenizaram aquele jovem, quando o rei o escolheu para desposar a princesa, reconhecendo que, embora tivesse pouco para dar naquele momento, teria muito a contribuir para o reino ao longo de sua vida.

Nota do Padre Marcelo Rossi:
Foi uma grande alegria para mim, poder selecionar as histórias que conto diariamente no meu programa Momento de Fé na Rádio Globo, as quais têm emocionado as pessoas. Entre as mais de 3.000 histórias que eu tinha em mãos, tornaram-se difícil escolher estas 63 para fazerem parte deste livro...

Pd. Marcelo M. Rossi.
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O Homem e a Água
Odylanor Havlis


O rei queria casar sua filha com um homem sábio.

Então ele fez um concurso em que o candidato teria que dar uma grande demonstração de sabedoria. Porém, aos candidatos foi dito somente, que venceria o concurso, aquele que levasse à princesa um presente que refletisse um desejo do próprio candidato.

Foi dito também que o escolhido teria o seu desejo realizado pelo próprio rei.

Os fidalgos se prepararam, pois a bela princesa era muito cortejada.
No dia da festa realizada para a ocasião, viu-se muitos presentes e entre eles alguns muito cobiçados.
De todos, três chamaram mais atenção:
O primeiro levou um pote de ouro e disse que o seu desejo era ter 10 vezes o peso da princesa em ouro. O rei então perguntou o porquê daquele desejo.

- Este é para que não falte riqueza para sua filha majestade.

O segundo levou o mapa de suas terras e disse que seu desejo era ter todo o reino em suas mãos. E o rei perguntou-lhe o porque do desejo.

- Quero ter todas as terras para dar muitos poderes a princesa majestade.

O terceiro entrou com um lindo e grande jarro bordado com fios de ouro, porém só continha água. E todos riram.
Ele disse que o seu desejo era ser igual a água. O rei não entendeu, mas, perguntou o motivo do desejo. E o jovem continuou.

- Majestade, a água pode ser sólida, líquida, gasosa e se adapta a qualquer superfície. Tem o maior poder de flexibilidade. E assim terei a condição ideal para me adaptar a qualquer circunstância que a vida requerer, para atender aos desejos da princesa:

No inverno, tomarei posse de todas as terras como o gelo do continente. Teremos então muito poder.
Na primavera, serei líquido para garimpar nos córregos e rios as pepitas de ouro que guardam seus leitos. Teremos então muita riqueza.
No verão, serei as nuvens que regarão as plantações, para alimentar os rebanhos e o nosso povo. Assim não faltará alimento no reino.
Todos ficaram em silêncio quando o rei perguntou.

- E no outono?

- No outono promoverei festas ao meu povo, mostrando-lhes com minha presença constante, que faço parte de suas vidas. É como a água, presente em todos os lugares e corpos. Nesta forma, teremos o reinado de maior comunhão com o povo e por isso, o mais próspero.

- Mas esse desejo eu não posso lhe conceder.

- Isto não é preciso meu rei, basta me conceder o que puder e desejar, que eu deverei me adaptar.

Todos então se curvaram diante daquele jovem, quando o rei o escolheu para desposar a princesa, reconhecendo, que embora tivesse pouco para dar naquele momento, teria muito a contribuir para o reino ao longo de sua vida.